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Post by Rodrigo Caldas on Feb 28, 2017 14:21:15 GMT -2
Bom, você pode pensar da mesma maneira que o português. Usar um vocabulário informal (palavras usadas em situações comuns) é aceitável na maioria das vezes. Usar um vocabulário cheio de gírias e regionalismos é válido se você está entre pessoas conhecidas, o que caracteriza um vocabulário super informal. Já um vocabulário formal você pode usar no dia a dia, mas vai parecer meio metido a sabichão falando palavras muito rebuscadas.
Você diria para o seu amigo "eu apreciei o sabor e a textura daquela pizza" ou "eu gostei daquela pizza"?
A mesma coisa com seu chefe... você provavelmente não diria para ele na reunião que a apresentação que ele fez ficou "foda pra caralho", porque é algo super informal (a não ser que todo mundo ali fosse amigão um do outro e tal). Você diria que a apresentação ficou muito boa, ou algo do tipo (apesar de não ser totalmente formal, é aceitável falar dessa forma em uma reunião).
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Post by Fábio Maceió on Mar 1, 2017 13:23:10 GMT -2
Perfeito. Língua é como etiqueta. Num jantar formal, você deve saber usar os talheres e seguir regras de comportamento mas rígidas. Já num piquenique, você não precisa comer um sanduíche com garfo e faca. Como também observou o Rodrigo, é fundamental saber o contexto em que determinada expressão idiomática é utilizado. Não é porque você ouve muito em filmes o uso de "fucking" nas frases (gimme that fucking ball!) que devemos sair usando aleatoriamente. Há uma história de uma missionária evangélica que veio para o Brasil e achou interessante as pessoas usando a expressão "pra caralho" (choveu pra caralho) e perguntou a alguém o que significava. Essa pessoa explicou que a gente usa 'pra caralho" pra dizer que muito, em grande quantidade. O problema é que não explicou que se tratava de um palavrão. Um dia, a missionária estava com numa reunião na igreja e alguém perguntou se ela estava gostando do Brasil. Ela, pra mostrar que estava mandando bem em português, tascou um "estou gostando pra caralho". Houve aquele momento meio constrangedor, meio engraçado, e ela ficou sem entender. Depois, alguém tratou de explicar, e ela ficou morta de vergonha. Moral da história: não basta saber o que significa, mas também em que contexto é utilizado.
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Post by liduario on Mar 2, 2017 21:59:54 GMT -2
Acabo de escrever um post sobre meu incômodo com o português escrito formal e o português falado informal. No português brasileiro a diferença é tão grande que qualquer fala que soe natural é, de imediato, informal demais quando comparada com o que se espera do português escrito. Como esse tipo de coisa parece não existir em inglês, já fico muito mais tranquilo. Basta o bom senso para adaptar vocabulário e expressões de acordo com a situação.
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Post by gavin on Mar 6, 2017 15:52:10 GMT -2
Como esse tipo de coisa parece não existir em inglês, já fico muito mais tranquilo. Basta o bom senso para adaptar vocabulário e expressões de acordo com a situação. ISSO. FORMAL x INFORMAL é uma questão menos importante no inglês do que no português, e quando "errar" nisso em inglês nem é tão mal assim.
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kenno007
Sophomore
Life's not worth a dam till you can shout out
Posts: 96
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Post by kenno007 on Mar 6, 2017 18:57:35 GMT -2
Acho que há uma pequena confusão nos tipos de Português existente, talvez não seja um problema tão grande assim.
Português Culto: É a língua escrita dentro dos padrões corretos do idioma. Normalmente, a não ser por indicação, gírias ou palavrões não são tolerados. Normalmente utilizado em Cartas Oficias, livros didáticos, documentos de caráter nacional, periódicos.
Português Coloquial: É a língua falada ou escrita com palavrões, gírias ou siglas . Vale notar, por exemplo, que algumas palavras não são gírias, elas são diferentes em cada estado, mas estão dentro da norma culta. Ex: Macaxeira ( Pernanbuco) ou Mandioca ( restante do país) ; Piá ( Santa Catarina ) ou Garoto, Menino e menos usualmente moleque já que é considerado ofensivo em alguns estados, com exceção do Rio.
Português Informal: Normalmente utilizado na forma falada, com abreviações, por exemplo: "Tá" ou invés de "Está" ou "Sim". Esta forma pode ser utilizada falando com o Presidente da República, em Palestras ou em sala de aula, por exemplo. Não necessariamente se fala Português Coloquial quando se utiliza o Português Informal.
Português Formal: É o mais próximo do Português Culto mas na forma falada. Normalmente utilizada em Pronunciamientos , Celebrações, Material audio-visual, Curso online, etc..
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